4 de outubro de 2013

Pena

Esta é uma aldeia marcada pela presença dos Penedos de Góis, onde com alguma imaginação pode-se encontrar uma cara de um leão na pedra. Segundo nos disseram e pudemos constatar pelos automóveis com matricula francesa, esta aldeia tem uma população sobretudo de emigrantes ou 2ª habitação porém no dia em que os caminheiros a percorreram tinha muita actividade. Quem fizer o trilho a partir de Aigra Velha, descendo, depara-se com a ribeira e a levada que acabará por vos levar à aldeia. Não conseguimos encontrar nenhuma "piscina" na ribeira que convida-se a banhos mas podem sempre perguntar aos habitantes locais.
Nesta aldeia existe uma habitação de turismo rural cuja casa é um autentico postal - Casa do Neveiro  http://casadoneveiro.wordpress.com/ ou https://www.facebook.com/pages/Casa-do-Neveiro/127280090706027 (casa da penúltima fotografia)





 A partir da Pena, pode continuar o percurso a caminhar até novamente à Comareira. O trilho encontra-se bem sinalizado, contudo o calor e as ligeiras subidas tornaram-no bastante cansativo.













Quem quiser aceder à aldeia da Pena de carro, a melhor opção é a partir da N2 em direcção a Pampilhosa da Serra quem vem do Norte, ou Góis para quem vem do sul. Também é possível desde Aigra Velha, mas em estrada florestal, a distancia é curta mas não vos podemos dizer as condições.
Mais uma aldeia fantástica e que devem realmente conhecer!

3 de outubro de 2013

Aigra Velha

É a aldeia do Xisto mais alta deste grupo. Se seguirem o trilho a partir de Aigra Nova são cerca de 20 min, de carro dista apenas cerca de 5 min em estrada alcatroada.
É uma aldeia de uma única rua, pequena, mas denota-se estar habitada. Na encosta oposta a quem entra na aldeia, poderão apreciar uma recuperação de casas muito bem realizada e junto à ribeira um imponente castanheiro. Também esta indicado o "Núcleo do Forno e Alambique da Família Claro" mas que não tivemos oportunidade de visitar. 
Avista-se lá no alto os Penedos de Góis e adivinha-se a aldeia do Xisto da Pena ao fundo desses penedos. A aldeia que de facto avista-se de Aigra Nova é a aldeia de Povorais, também acessivel em trilho e que percorre os penedos de Góis, mas é um trilho não sinalizado. Uma das colaboradoras na Lousitânea, natural desta aldeia, informou-nos de um alojamento que não temos experiência pessoal mas deixamos o endereço: Casa da Fonte - http://casadafonte.webnode.com/ ou https://www.facebook.com/casadafontepovorais































Se o vosso carro permitir sair da estrada, se os vossos nervos forem de aço e coragem q.b. podem a partir desta aldeia aceder através de uma estrada florestal ao alto de Trevim. No inicio da aldeia, ainda antes da placa de Aigra Nova que vêm na foto, se olharem para a direita vêm uma estrada de terra com uma subida de grande inclinação. É por aí...são cerca de 7,5 km, mas os 3 primeiros kms de muito difícil acesso devido aos buracos, existência de muitas pedras soltas e sobretudo às três subidas que exigem levar o motor em "primeira" sem hesitações pois acho que se em algum momento tive-se travado já não conseguia voltar a subir. Quando ultrapassarem as subidas (e as duvidas) entrarão na Mata da Oitava, uma área florestal tão arborizada que até o sol têm dificuldade em penetrar. Explicaram-nos que esta é uma área que serve de refugio a muitos dos animais que andam nesta serra, nomeadamente os veados. O barulho do carro fará-os afastar mas é bom acreditar que eles lá estavam... a olhar para nós.
Quando chegarem ao alcatrão, se virarem à esquerda poderão visitar os Poços e a Capela St. António das Neves. Antigamente, a partir daqui, a neve era colocada em poços, compactada e enviavam gelo para fornecer o Rei e a corte em Lisboa. Se virarem à direita seguirão até ao alto de Trevim com a sua vista única. Aconselhamos a ir ao por do sol para ver o reflexo do sol no mar bem la ao fundo. No outro extremo os recortes do inicio da Serra da Estrela e a toda à volta o verde da Serra da Lousã. Enquanto aqui estávamos ouvimos a brama dos veados para os lados do Candal.






Quem quiser vir a este local, sempre em estrada alcatroada têm que seguir a N236, que liga a Lousã a Castanheira de Pêra, e após alguns kms da aldeia do Candal terá a indicação Trevim.

1 de outubro de 2013

Aigra Nova

Aigra Nova constitui-se como uma aldeia consideravelmente maior que a Comareira, distando desta cerca de 3 min de carro e 10 a pé. Com bastante vida, quer proporcionada pelos locais que a habitam todo o ano e desenvolvem as suas actividades de pastorícia e agricultura  quer pelos visitantes atraídos pela Loja de Xisto existente com inúmeros produtos locais, pela sede da Lousitânea onde poderá visitar o Eco-Museu Tradições de Xisto-Cultura onde de uma forma sucinta e organizada é possível compreender as rotinas e as tradições das populações que habitaram em numero considerável estas aldeias assim como o Eco-Museu Tradições de Xisto-Ambiente sobre as particularidades naturais que revestem esta região.

À entrada da aldeia um pátio convida-vos a apreciar o vale que estende-se desde o alto do Trevim até as ribeiras lá abaixo...

Na aldeia terão certamente a possibilidade de encontrar dois dos seus famosos anfitriões, o "Freddy" (de pelo branco e pertencente a um dos habitantes) e a "Bonita" (de pelo castanho "da aldeia"). Na loja da aldeia certamente que a "Bonita" vai procurar entrar ou se como nós fizerem os trilhos que vos ligam à próxima aldeia de Aigra Velha terão a companhia destes "guias" mais que experientes. Se eles vos acompanharem não se preocupem que encontrarão o caminho de regresso a casa ou poderão ficar a guardar-vos na Comareira.


Nesta aldeia, como em todas as outras as aldeias de Góis e no Candal poderão no final do mês de Setembro ouvir os ecos das bramas dos veados. Ao cair do dia e noite não se admirem ao ouvir a vocalização dos machos para conquistar o seu território e a possibilidade de procriar. Enquanto os veados mais velhos bramam de uma forma mais continua e grave os mais novos terão uma brama menos agressiva. Pelo meio, poderão ter a sorte de escutar o som das hastes dos veados machos embater na luta pelo "sou o mais forte". Em outras alturas também serão interrompidos pelo barulho dos motores das pás eólicas quando mudam a sua posição para ficar ao favor do vento... :-)

Por esta altura a Lousitânea promove uma caminhada nocturna com um guia para escutar este momento único na natureza. Sim, saímos para a floresta às 23:00 e regressámos ás 03:00 da madrugada. Nada que uma noite amena de fim de Verão e lua cheia não faça tolerar... Obviamente aconselhamos a fazer esta actividade só na presença de um guia, mas mesmo que fiquem nas aldeias serão capazes de escutar a Brama.


Comareira

Há duas semanas tivemos a oportunidade de explorarmos as Aldeias do Xisto de Góis, a Comareira, Aigra Nova, Aigra Velha e Pena. Estas aldeias encontram-se desde sempre relacionadas e existe um percurso circular de 9,2 km a ligar as mesmas. http://www.aldeiasdoxisto.pt/detalhepercurso/63/5/69/1748/13

A experiência de caminheiros do Xisto acumulada permitiu-nos encarar o desafio com confiança e conhecer as aldeias deste percurso. Com paragem para almoço, descoberta das aldeias e o calor abrasador que fazia-se sentir demoramos cerca de 5horas e 30 minutos... Bem sinalizado, as maiores dificuldades serão sentidas no troço mais longo e em subida desde a Pena até Comareira.


Comecemos pela aldeia da Comareira. É acessível em estrada de alcatrão a partir da N342 que liga Góis à Lousã. Se vierem de Lousã, a seguir à aldeia da Boavista, se vierem de Góis após Pontão do Seladinho terão um cruzamento com a indicação das aldeias do Xisto. Após cerca de 2 km irão chegar à Aldeia da Comareira.


Esta pequena aldeia é habitada por duas senhoras que apesar da idade e dos apelos dos filhos que as querem levar para junto das cidades e vilas onde eles habitam resistem em permanecer no local que as viu nascer. Se forem convidados a "dois dedos de conversa" não resistam. Terão oportunidade para saber que as pequenas cancelas que todos os dias fecham ao anoitecer é para os javalis não entrarem pelas hortas e quanto aos cães que guardam a aldeia, lá vos dirão que não fazem mal.




Foi nesta aldeia que acabamos por dormir nos dias em que por estes locais "caminhamos", na Casa de Campo da Comareira, http://lousitanea.org/casa-de-campo-da-comareira gerida pela Lousitãnea - Liga de Amigos da Serra da Lousã http://lousitanea.org/. Neste site terão a oportunidade de conhecer o alojamento e saber as actividades que esta associação dinamiza regularmente.
 

Se por acaso ficarem instalados aqui, não resistam em fazer uma refeição no pátio que a casa oferece enquanto observam o vale e sentem o silêncio só interrompido pelo ajustar das Torres Eólicas no alto da Serra da Lousã ou outros sons que nos meses de Setembro se fazem sentir... mas isso deixo-vos para o post seguinte em Aigra Nova.

Gondramaz

No regresso a casa vindos de Casal São Simão efectuamos paragem na Aldeia do Xisto de Gondramaz. Esta aldeia do concelho de Miranda do Corvo é porventura a de mais fácil acesso tomando como ponto de referência a cidade de Coimbra. Se a quiser visitar, em Miranda do Corvo deve seguir as indicações de Meãs, depois Chapinha e por fim as indicações de Gondramaz. Apesar de sinuosa têm acesso em estrada de alcatrão, e chegando à aldeia terá um largo onde estacionar facilmente o carro.

Devido à facilidade de acessos foi a ocasião oportuna para apresentarmos aos nossos pais uma destas aldeias.


Apresentou-se como uma aldeia bastante bem preservada, cheia de recantos desde lavadouro, capela, miradouros, esculturas de um habitante local, lojas de artesanato e até um restaurante. Por ser domingo as portas estariam fechadas, pelo que aconselhamos uma ida em outro dia.

Para mais informações, ver http://www.aldeiasdoxisto.pt/aldeia/3/5/98 e http://www.aldeiasdoxisto.pt/detalhepercurso/63/5/69/1737/10. Apesar de não termos conhecido o alojamento fica aqui para algum interessado - Pátio do Xisto http://www.patiodoxisto.pt/




Quem quiser ir um pouco mais além sugerimos o percurso até ao Penedo dos Corvos. Seguindo as indicações do PR2, alguns metros após sair da aldeia terão a indicação do Penedo e respectivo trilho devidamente marcado que apresenta-se à direita. Apesar do sobe e desce constante e do cuidado necessário devido ao risco de queda, poderão após cerca de 20 min de caminhada ter uma espectacular vista sobre o vale, e ainda apreciar uma cascata de dimensão considerável. Aventurem-se, é um pequeno esforço por uma boa recompensa.



Este caminho constitui-se como uma derivação ao Caminho do Xisto de 5,6 km que segue os passos dos antigos moliceiros que o percorriam para aceder aos moinhos de água existente na base do maciço onde se ergue Gondramaz. É um trilho linear, que termina na aldeia da Chapinha e encontra-se condicionado nos meses de inverno e dias de precipitação http://www.aldeiasdoxisto.pt/detalhepercurso/63/5/69/1973/35 .

Em suma, uma bonita e preservada aldeia para quem quiser iniciar-se nos caminhos do Xisto.

26 de setembro de 2013

A Ferraria São João

Durante a nossa estadia na aldeia de Casal São Simão, aproveitamos para conhecer a aldeia de Xisto Ferraria de São João, situada em Penela. Esta é uma aldeia muito activa, uma vez que tem bastantes residentes que vivem da agricultura e pastorícia. Aqui, também encontram um centro de BTT, inclusive um campo de treino para as crianças.
De novo, os caminheiros aventuraram-se pelo trilho do Rebanho, um percurso circular com cerca de 5km, onde se pode subir até à Fraga Amarela e ter uma visão magnifica da serra. Contudo, aconselho-vos a não fazerem este percurso na época do Inverno, porque o ribeiro aumenta e tivemos de andar muito tempo na água, além disso a destruição das árvores devido ao temporal e chuvas intensas dificultou o acesso pelos trilhos... Para verem o folheto informativo do trilho: http://www.aldeiasdoxisto.pt/images/content/percurso/CX_FerrariaSJ.pdf


E, muito próximo da aldeia, contudo apenas se pode aceder com automóvel, aconselhamos a visitarem a cascata magnifica Pedra Ferida. Quando sair da aldeia, vire  em direcção ao IC3 que apanhará se continuar sempre a descer. Quando chegar à estrada principal, vire à direita em direcção a Coimbra. Vai encontrar uma rotunda e saia para o Espinhal (1a saida). O local para onde se dirige está bem assinalado, pelo que deve seguir as setas que o levam até à Pedra Ferida. À saída da aldeia vai encontrar um sobreiro no meio da estrada. Vá devagar, tenha atenção às placas e o último troço é em terra batida. Quando vir uma espécie de largo, estacione e faça o resto do percurso a pé, pois é magnifico!



E, de repente, quando menos esperar irá surgir a fantástica cascata com 32 metros de altura e delicie-se!


Mais uma aldeia de Xisto muito bonita e com a possibilidade de visitar outros locais próximos, de beleza invulgar!
Se quiserem ficar alojados na Aldeia da Ferraria de São João, propomos: http://www.casadozesapateiro.com/ ou  http://vn-nature.com/en/home.html

25 de setembro de 2013

O Casal São Simão

De novo, em Fevereiro de 2013 decidimos visitar a aldeias da zona de Figueiró dos Vinhos, a aldeia de Casal de São Simão. Para chegar à aldeia, basta seguir a saída 3 em direcção a : Aguda Fato Salgueiro da Ribeira.A partir daqui verá as indicações para chegar ao Casal de São Simão que encontrará a menos de 2 Km. Esta aldeia tem apenas uma rua principal com casas muito bonitas, uma paisagem fantástica e inclusive um bom restaurante e uma loja das Aldeias de Xisto onde pode comprar o delicioso pão cozido em forno a lenha.


Após um passeio pela aldeia, sugerimos iniciar o percurso pedestre que nos leva até às Fragas de São Simão. O caminho inicia-se a meio da rua do Casal, à esquerda, passando em frente à Casa da Lura. Siga sempre o trilho, e poderá desfrutar de um banho nas águas límpidas da ribeira. Se continuar o percurso, poderá visitar uma outra aldeia e explorar a natureza envolvente. Para mais informações: http://www.aldeiasdoxisto.pt/detalhepercurso/63/5/69/1745/12


Já que está a fazer o trilho, aproveite para subir mais um pouco e visitar o Miradouro das Fragas de São Simão. Após a ribeira, continue o caminho e vai chegar a uma estrada. Suba pela direita, é uma subida acentuada  até chegar à zona do miradouro. Aqui pode desfrutar de uma paisagem magnifica para as majestosas Fragas, o bonito casario da aldeia e a ribeira.


Para mais informações sobre a aldeia e alojamentos: http://www.casaldesaosimao.com/
Nós escolhemos ficar alojados na Casa Amarela, onde fomos muito bem recebidos por um casal habitante da aldeia e a casa era muito acolhedora, com umas vistas magnificas para a Serra da vidraça enorme da sala.
Não se assuste pois vai poder ouvir as cabras a passear por perto da casa com o pastor a acompanha-las!

O Chiqueiro

Durante a nossa visita à aldeia do Candal, aproveitamos para visitar também a aldeia de Xisto o Chiqueiro, próxima das aldeias de Casal Novo e Talasnal. Uma vez que o acesso também era numa estrada estreita de terra, optamos por estacionar e aceder a pé...e pudemos vislumbrar um caminho magnifico, com os castanheiros cheios de cores de outono e uma luz dourada a penetrar entre eles!

O Chiqueiro ainda está num processo de recuperação, e a maioria das suas casas ainda estão bastante degradadas. Contudo, logo à entrada pudemos observar um obra ainda em construção, parecendo uma casa grande de Xisto para turismo rural. Descendo pela aldeia vimos várias casas de Xisto, umas à venda, outras recuperadas e outras por recuperar... Ainda assim, uma aldeia que vale a pena visitar :)



Esta aldeia também integra os trilhos do percurso das aldeias de Xisto da Lousã, caso queiram caminhar e ir visitando as pequenas aldeias de Xisto!
Outras aldeias próximas, contudo não integram a rede das Aldeias de Xisto são a Aldeia de Caterredor e Vaqueirinho, onde habitam algumas famílias, maioritariamente imigrantes que desfrutam de um estilo de vida naturalista. São aldeias menos organizadas e menos cuidadas, contudo interessantes, nem que seja para ver outros hábitos de vida interessantes.

24 de setembro de 2013

A Cerdeira

Durante a visita à aldeia do Candal, parámos um pouco antes e decidimos conhecer também a Aldeia da Cerdeira. A estrada até à aldeia parece estar escondida, além disso preparem-se porque de novo o acesso é em terra batida... Contudo, vale a pena porque é uma aldeia magnifica, cheia de pequenas surpresas em cada recanto e ainda em processo de "reabilitação". Logo à entrada deparamos-nos com uma pequena capela e mesas pequeninas de pedra debaixo dos castanheiros.


Se quiserem ficar alojados nesta aldeia, visitem: http://www.cerdeiravillage.com/pt/, onde podem encontrar muita informação sobre a história da aldeia e as diversas actividades desenvolvidas.
Quanto aos percursos disponíveis  existe o percurso entre as aldeias de Xisto da Lousã, que já foi referido anteriormente e ainda o percurso "Trilho da Venda" de Grande Rota (sinalização branca e vermelha) que liga a Cerdeira às aldeias de Xisto de Góis - Comareira, sendo um percurso linear com cerca de 13km. Ainda não tivemos "coragem" para o experimentar, mas será um dos objectivos a alcançar :)